7 passos para reduzir os riscos de investimentos por crowdfunding, mesmo não sendo um investidor profissional

Você sente medo de perder todo seu dinheiro investido em uma posição de alto risco?
Você tem medo de investir em startups?
Você tem medo de investir através de Plataformas de Investimento Coletivo (Crowndfunding)?

Então supere este sentimento de uma vez por todas! Aqui você vai encontrar passos muito práticos, usados por grandes investidores-anjos, para minimizar as chances de perder todo o capital investido em novos negócios. O passo a passo que os gênios dos investimentos de alto risco executam na procura do próximo unicórnio. Todo o processo, etapa por etapa para você!

E muito mais!

Mas, ante de tudo, dou uma dica muito importante: não pule nenhuma das etapas dos passos a seguir, pois todos eles juntos é que reduzirão os riscos que você busca evitar!

O que as pesquisas mostram é desmotivador:

  • 9 de 10 startups falham (fonte: Startup Genome);
  • 3 em cada 4 startups apoiadas por Venture Capital falham (fonte: Shikhar Ghosh);
  • Em 2019, a taxa de insucesso das startups ficou em torno de 90%. A pesquisa conclui que 21,5% das startups falham no primeiro ano, 30% no segundo ano, 50% no quinto ano e 70% no 10º ano. (fonte: Investopedia)
  • 2 em cada 10 novos negócios falham no primeiro ano de operações (fonte: Bureau of Labor).

Mesmo a pesquisa mais otimista não te motiva a investir em startups, pois indicam que as chances de seu aporte se torna pó é altíssima. Então, por que investir em startups pode ser lucrativo mesmo com uma taxa de insucesso abismal? É porque o retorno das startups de sucesso compensa as mal sucedidas. Veja:

  • Quem investiu na 99 Táxi, multiplicou seu capital por 210 vezes;
  • Um investidor institucional alcançou um retorno de 127 vezes maior que o capital investido, na estreia da corretora Robinhood na bolsa americana em julho de 2021, conforme relato de Leonardo Martins, CIO do Turim Family Office, em entrevista no podcast Stock Pickers.
  • No ano de 2013, nas suas primeiras rodadas de investimento, o Nubank foi avaliado em torno de US$ 5 milhões. No IPO, seu valor de mercado era de US$ 41,5 bilhões. Ou seja, uma multiplicação de 8.300 vezes

Histórias como as relatadas acima enche nossos olhos, mas é frustrante para um investidor fundamentalista, não utilizar indicadores como Preço/Lucro, ROE, Valor Patrimonial por Ação e outros indicadores bastante conhecidos. Por ainda não gerarem lucros, os indicadores de desempenho das startups são Receita Mensal Recorrente (MRR), Receita Anual Recorrente (ARR), Custo de Aquisição por Cliente (CAC), entre outros.

É tudo muito novo para você, e embora as estatísticas sejam úteis para tomar uma decisão, elas podem te colocar no contexto errado, e fazê-lo perder a chance de realizar o investimento de sua vida.

No entanto, existe um processo que, se bem executado, minimizará os riscos na escolha da startup a investir. Due diligence é o método de avaliação de uma oportunidade de investimento. Os investimentos disponíveis nas plataformas de crowndfunding são naturalmente arriscados, mas as devidas análises podem reduzir riscos de grandes perdas.

Segue abaixo os 7 passos:

1) Pesquise se a plataforma de investimento por crowdfunding é registrada em órgão competente.

No Brasil, o órgão fiscalizador é a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Este órgão mantém um link para consulta das plataformas credenciadas: Cadastro Geral CVM.

Para visualizar todas as plataformas de investimento por crowdfunding autorizadas pela CVM, basta selecionar no campo “Entre com o Tipo de Participante” e escolha “Plataformas Eletrônicas de Investimento Participativo”, e após marcar o capcha, mantenha os demais campos em branco e clique no botão “Procura”.

Por lá, você pode escolher os filtros para verificar plataformas suspensas pelo órgão regulador, basta selecionar o checkbox “Suspenso” e em seguida clicar no botão “Filtrar”.

Há também no Brasil, a Associação Brasileira de Crowdfunding de Investimento – CROWDINVEST, devidamente autorizadas pela CVM, onde constam diversas plataformas associadas que são continuamente submetidas à fiscalização desta instituição. As plataformas credenciadas podem ser consultadas no site da instituição.

2) Não invista mais do que 10% do total de sua carteira em startups.

Embora o xerife do mercado brasileiro, através da instrução CVM 588, já limita para investidor não qualificado, um aporte superior a R$ 10.000,00 por ano-calendário, ou a 10% (dez por cento) da sua carteira de investimento, ou da sua renda bruta anual, ela não prevê nenhuma penalidade para quem não seguir a norma, dando margem para os afoitos correrem mais riscos.

No entanto, siga a recomendação da CVM. Embora ela não prevê penalidade para quem investir acima do recomendado, a intenção do legislador com esta resolução é protegê-lo das euforias. As histórias de retornos exponenciais das startups tendem a nos empolgar e levar-nos a correr mais riscos. Mas, não podemos ignorar que há centenas de ideias geniais que morreram na praia, basta você googlar sobre “cemitério de startups”, que você vai encontrar inúmeras delas.

Geralmente, no processo de validação, não é necessário muito dinheiro para testar e validar conceitos, e sim de muito esforço da equipe de profissionais da startup.. Portanto, se você vai investir na fase inicial de implementação da ideia, aproveite para participar dos webnários promovidos pelos fundadores. Tire todas as suas dúvidas, e veja como eles trabalham.

Os problemas financeiros afetam principalmente as startups em estágio avançado, onde realmente precisa-se de muito dinheiro para desenvolver um conceito já validado. Portanto, sempre observe o estágio em que se encontra a empresa e o quanto ela está captando. Quanto mais inovadora a startup, mais arriscadas as suposições que ela está testando e mais provável que ela falhe.

Observe quem são os investidores líderes, os Fundos de Capital Semente (Seed Money ou Seed Capital) são os que aplicam em idéias em estágio inicial. Os Fundos de Venture Capital investem nas empresas onde já se superou um dos maiores riscos para as startups: a busca pelo product-market fit. Eles têm provas tangíveis de que as pessoas querem o que estão oferecendo (essa prova atraem eles). Portanto, saber o perfil de quem está investindo é um parâmetro para avaliação de risco.

Não vá com muita sede ao pote, observe o que os investidores líderes estão fazendo. A resolução CVM 588 já obriga os gestores das plataformas de investimento coletivo investirem nas startups que estão captando nos seus respectivos sistemas. Se investem, pressupõe-se que ele possuam seu próprio processo de avaliação. No entanto, isso não é desculpa para você não fazer o seu próprio due diligence.

Revise a documentação da oferta em sua totalidade antes de fazer um investimento. Avalie as ofertas de produtos ou serviços, o modelo de negócios, roadmap de produtos, equipe de liderança, mercado endereçável, cenário competitivo, ambiente regulatório, tração do usuário, finanças históricas e projetadas dentre outras métricas.

3) Conheça o risco

“É o gosto que eu sinto. Medo no fundo da minha garganta. Sabe, a maioria das pessoas tenta ficar longe do medo, tenta tirá-lo de suas vidas assim que podem. Eu? Eu o cultivo. Tento reconhecê-lo e usá-lo. Foi assim que eu sobrevivi quando estava crescendo e ainda vivo assim, escutando com atenção o meu medo.”

Bobby Axelrod

Há muitas peças móveis em jogo que tornam os investimentos em startups muito arriscados. Portanto, é essencial entender os riscos, para subsidiar sua decisão ou obter um melhor controle de risco de sua carteira de investimento.

Além de compreender o risco inerente aos investimentos em startups, os investidores em startups devem conhecer seu próprio perfil de risco para avaliar melhor as oportunidades de investimento em startups em potencial.

Definir seu Perfil de Risco consiste na tolerância a perdas e falta de liquidez do investidor em um horizonte de tempo. Em vez de se perguntar: “Quanto estou disposto a investir? Pergunte-se: Quanto tolero perder?

A tolerância ao risco descreve a atitude de um investidor em relação a ele. Geralmente, os investimentos disponíveis nas plataformas de crowdfunding apresentam uma grande probabilidade de fracasso. em relação aos ativos tradicionais, como ações de primeira linha e títulos governamentais e corporativos de alta qualidade.

Os investimentos iniciais em startups geralmente não são adequados para investidores com baixa tolerância ao risco. Essas classe de ativos são ilíquidas e devemos esperar um longo tempo até que ocorra um evento de saída para vender esses títulos e possivelmente realizar um lucro. É possível que nunca gerem retorno e, em alguns casos, o investimento nunca pode ser vendido.

As primeiras rodadas de investimentos, não são adequados para investidores que buscam um retorno sobre seu investimento em poucos anos. Os investimentos iniciais em estágio posterior, no entanto, podem ter um horizonte de tempo mais curto se ocorrer um evento de liquidez, como um IPO ou aquisição.

4) Concentre-se no que você sabe

Embora não seja necessariamente obrigatório, pode ser útil, de uma perspectiva de due diligence, concentrar-se em investir em empresas dentro de sua área de especialização. Como você está melhor posicionado para analisar e prever o potencial de crescimento e o desempenho da empresa, isso pode reduzir riscos.

5) Avalie o produto
  • Ele resolve um grande problema?
  • A solução é original, inovadora ou bem pensada?
  • Qual é a proposta de valor exclusivo?

O ideal é que um produto resolva um problema real, com um grande mercado, ofereça uma abordagem inovadora que realmente resolva o problema e tenha algum tipo de vantagem competitiva única.

6) Considere o mercado

O potencial de mercado de uma empresa é a população que poderia ser atendida pelo produto da startup. Portanto, uma boa oportunidade de investimento deve ter este indicador elevado e espaço para crescimento, mas, se ele for pequeno, ela tem uma chance menor de sucesso, pois irá exaurir sua base de clientes potenciais mais rapidamente.

Os concorrentes também podem reduzir o tamanho do mercado potencial de uma empresa. Uma startup que possui uma vantagem única sobre a concorrência normalmente tem uma chance melhor de ganhar participação de mercado.

7) Avalie a equipe

Ter a equipe certa no comando é fundamental. Não se trata apenas de quem é o CEO, mas da equipe como um todo e de como eles trabalham juntos. Analise cada membro e suas empresas anteriores para ter uma ideia de onde estão seus conhecimentos e que tipo de reputação eles têm.

Pesquise no linkedin se o CEO é mesmo um empreendedor serial, se já possui exits.
Investir em empresas em estágio inicial tem um alto grau de risco, por isso, uma equipe bem preparada com um histórico de sucessos é um bom sinal.

Enfim, espero ter conseguido esclarecer que apesar do alto risco, alcançar um alto retorno financeiro por pessoas comuns como você e eu é possível. Portanto, não deixe que o medo o desanime! Seja ousado!

“Gostou do artigo? Que tal compartilhar este conhecimento com seu amigo investidor?.”

Publicado por Levi de Sousa Soares Ciríaco

Entusiasta de investimentos não convencionais, Analista de Sistemas, Funcionário Público.

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1 comentário

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